10 de set. de 2011

Poluição

Já estou há tempos querendo escrever sobre isso, mas sempre que venho pra o computador dá uma preguiça D= Pois bem, hoje tomei jeito.

Motor Ecológico?
Desde que comecei a pegar ônibus pra ir pra o vale, de tempos em tempos, eu sinto algumas dores de cabeça. No início supus um motivo bem esquisito: como das primeiras vezes elas vieram bem quando eu sentava naqueles bancos do ônibus que são virados pra o lado contrário (aí tu fica andando sempre como estivesse dando ré), eu achava que era só a falta de costume de sentar naqueles bancos, motivo pelo qual passei a evitá-los.

Num segundo momento, percebi que não era bem assim: mesmo pegando bancos normais, havia momentos em que eu sentia dores fortes de cabeça. Minha segunda suposição (foi bem numa época em que eu comecei a tomar bastante isso): café. Pensei que eu poderia talvez estar tomando café demais, baseado justamente no comportamento do meu irmão, que durante um tempo associou ao café suas fortes dores de cabeça.

Com o tempo, fui percebendo que talvez o motivo fosse outro. Lembro que cheguei a dizer que talvez o cheiro do ônibus fosse tal que me desse dor de cabeça (ora... tanto eu quanto um colega concordamos que cheiro de carro novo nos dá dor de cabeça -- por mais estranho que talvez isso possa aparentar ao leitor).

Ultimamente, porém, tenho concluído que essas dores, que vêm e vão, às vezes presentes frequentemente durante um certo intervalo de tempo, e às vezes ausentes, têm sido causadas por um fator muito mais óbvio: a poluição. Nas últimas semanas, andei sentindo dores enquanto no caminho da rodoviária até o terminal dos Guaíba, especificamente (tá... na real... é engraçado... são só umas latejadas... e elas parece que acontecem sempre que eu inspiro u.u). Por ali passam MUITOS carros e ônibus, o tempo todo.

Além da poluição dos carros, o pessoal aqui em Porto fuma desenfreadamente. O cheiro de cigarro já é parte característica e essencial do centro da cidade. Os prédios são sujos (ninguém nunca limpa o exterior da parte "alta" de suas paredes) e pinchados (é assim que escreve isso?). Eu fiquei me perguntando: o centro das outras capitais é assim também? Isso é seguro? Não tem gente que morre por causa dessa sujeira toda?

De qualquer forma.......... Porto Alegre é o centro do Universo, o qual gira em torno do Rio Grande do Sul. Assim, apesar de talvez poluída demais, aqui certamente é melhor u.u Se não é melhor, ao menos é sempre mais perto v_v'

Era isso...

R$

Interação Humano-Computador

Entre as cadeiras que estou fazendo esse semestre, sem dúvida aquela que tem as aulas mais massantes e "trabalhos" mais desagradáveis tem sido Interação Homem-Computador (ou Interação Humano-Computador, ou, simplesmente, IHC).

Enquanto ela é ministrada geralmente por um professor da Computação Gráfica (o que, pra mim, de certa forma, me causa uma boa imagem imediata), ela tem estado no mesmo nível da Engenharia de Software do semestre passado.


Esses dias tive de fazer uma apresentação em IHC e, para ter uma noção da matéria -- não consigo prestar atenção na aula -- comecei a ler os capítulos que o professor deixa na ferramente de EAD que nós usamos (o moodle). Tenho de concordar que, apesar de não ser muito bom em apresentar a matéria, o professor é bem dedicado, deixando bastante material para nossos estudos.

Eu li boa parte dos capítulos e até que gostei no início. A matéria é bem "humana" e tenta meio que modelar (ou usar os modelos já criados em outras áreas) o modo como funciona a nossa cognição (tomara que eu esteja falando direitinho). Mas a matéria é pesada e bem chata (convenhamos: eu não estou interessado em como se faz interfaces bonitas!) e depois de um tempo eu já não aguentava mais D=

Enfim enfim... só queria falar um pouco sobre como eu tenho achado a cadeira de IHC. Sem dúvida, uma das piores cadeiras do meu curso. Acho que não sou o único com essa opinião.

R$

31 de ago. de 2011

"X"

[esta postagem tem relativamente forte influência religiosa. Se você tem problemas com isso, pode simplesmente ignorá-lo -- bem como, na realidade, qualquer outra postagem do blog, já que ninguém é obrigado a ler u.u]

De todas as coisas que eu faço, talvez haja pouquíssimas (MUITO pouquíssimas) que me agradem tanto quanto ou mais do que ser (como um ato) um estudante de Ciência da Computação de uma universidade reconhecida no país e agir como um entusiasta dessa área do conhecimento que definitivamente é a área para a qual eu quero devotar o resto da minha vida. Pouquíssimas! Mesmo assim, acho que para qualquer um que conviva um mínimo comigo não seja difícil chutar a que coisa eu poderia me referir com tamanho prazer (a ponto de comparar com a computação). De qualquer forma, creio que errariam: possivelmente, chutariam "música"; certamente, a resposta é "cantar" (o importante é notar que não é a música que me agrada tanto, mas cantá-la -- se bem que, é claro, música também me agrada bastante, mas não a ponto de ficar acima ou se comparar à computação, e isso fica bem evidente pra mim quando eu reconheço que não me arrependo nem por um segundo em ter escolhido computação, em vez de música, no vestibular).

No domingo passado, dia 28 de agosto, um dos dois corais religiosos dos quais participo (que eu e mais alguns amigos chamamos rebeldiosamente de "Coral X", apesar de seu nome ser na verdade "Patmos" -- Patmos é uma ilha, e na verdade o motivo do nome do coral não faz muito sentido pra mim) foi cantar em Cidreira, no litoral, à noite. Por conta disso, o domingo inteiro foi à base de viagem de ônibus e coisas relacionadas ao coral e à igreja. Além disso, o sábado também teve boa parte dos seus momentos (quase todos) ocupado com coisas relacionadas à igreja e aos corais.

Na ocasião, um dos integrantes do coral, bastante entendido dessas coisas de filmagens e fotografia, levou a sua câmera e, com os microfones do regente do coral, gravou o nosso audio, enquanto cantávamos. Queríamos gravar, principalmente, para que pudéssemos verificar nossos erros durante a apresentação, mas também para que pudéssemos mostrar o nosso "trabalho" (falando assim até parece que a gente sofre pra fazer isso u.u) para outras pessoas que conhecemos. O resultado é que ficou bem legal (na minha "omilde" opinião), e eu posto o video da música "Jesus, Amigo Fiel" a seguir, para que o leitor assista:



Cantamos 8 músicas, se não me engano, ao todo. Infelizmente, uma ou duas não foram postadas no Youtube. De qualquer foram, estão no Youtube as seguintes: Servo do Senhor, Nada Melhor, Bendita Segurança, Meu Novo Lar, Saudade.

Bom... o que posso dizer? Eu, como participante do coral, fiquei SATISFEITÍSSIMO com como ficou. Apesar de alguns pequenos focos de desafinação aparente em quase todos os videos, o todo ficou bem legal.

Ao mesmo tempo, admito que fico meio que "mordidinho" com os gritos de "Glória a Deus" e "Aleluia" que as pessoas emitem no meio das músicas (inclusive integrantes do coral). Mesmo assim, não posso reclamar: isso faz parte da cultura da igreja da qual faço parte, feliz (porque por um lado é, pra mim, até, bonito esse tipo de "declaração") e infelizmente (porque por outro pessoas que não participam do meio podem achar o ambiente muito esquisitão u.u).

Enfim enfim... eu ADOREI os videos (mas, claro, sou suspeito pra falar). Achei ótimos... muito divertido \o/. Se o leitor tiver gostado, ou não, comente, é de grátis (bem como o evangelho) u.u //sacas

R$

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Depois do culto a gente ganhou um lanche que tava tri bom. Entre os bolos, tinha um que era branco com umas "manchas" pretas de nega-maluca no meio. Uma das gurias mais "escuras" do coral comentou que o bolo tava com aquelas cores pra simbolizar a misturança que são as cores das pessoas participantes do coral. Eu ri u.u  [/politicamente incorreto]

24 de ago. de 2011

Makefiles, Autotools, bolsa de iniciação científica, MClone, etc...

(Esse post é praticamente uma continuação do post "Documentando")

Como o leitor que leu o post anterior já deve saber, eu estou tri feliz por estar documentando o MClone. Já expliquei várias coisas, tendo criado alguns arquivos de documentação conforme ía preparando o programa para compilar no computador que uso lá no laboratório.

Hoje tive uma reunião com meu professor, na qual comentei com ele sobre o que andava fazendo. Meu próximo passo seria fazer o Makefile para que semana que vem a gente visse se ele conseguiria compilar o programa no Mac dele. Por causa disso, fui ler sobre Makefiles. Procurei por alguns tutoriais na internet, mas, pelo visto, com esses arquivinhos, ou é oito ou é oitenta: os tutoriais eram muito básicos, mas a documentação do GNU make é grande demais, e eu a evitaria o quanto pudesse. Infelizmente, definitivamente, não achei lugar melhor. Desisti e fui pra documentação. Ela é enorme, e já perdi umas boas horas lendo-a. Aprendi UM MONTE, e pra falar a verdade não posso dizer que me arrependo: nela encontrei vários macetes interessantes.

A minha primeira idéia era fazer uma Makefiles bonito, que funcionasse e que fosse elegante. Resolvi que o farei, pelo aprendizado, mas não deixarei ele lá por muito tempo. Se o tempo permitir, quero ver se leio sobre outra coisa que já adiava há tempos ler: Autotools. Desde uns dois anos atrás pra cá tenho o link de um tal de Autotools: a practitioner's guide to Autoconf, Automake and Libtool que uma vez eu achei na internet procurando pelo motivo de haver uns tais de Makefile.in e Makefile.am (se não me engano era isso) num projeto que eu estava tentando compilar. Agora tenho desculpa pra ler! E uma ótima desculpa, já que tenho me sentido com a maior satisfação do mundo mantendo ativamente um projeto no googlecode (infelizmente, não é um projeto que tenha muita chance de se tornar popular D=).

Para melhorar a minha vida, aliás, tenho deixado todo o código numa pasta do Dropbox, através da qual consigo mexer no código do programa de qualquer lugar. Agora mesmo, ao chegar em casa, lembrei que tinha algo que eu deveria ter feito antes de sair de lá dos labs. Abri o arquivo pela pasta do Dropbox, fiz as modificações que queria, e commitei no svn. Funcionou lindamente \o/ (eu tava com medo de o svn reclamar, por qualquer motivo, mas não aconteceu).

Ao término desse semestre, enfim, acho que vou estar fodão com Makefiles e Autotools =D. Tomara: esse é o tipo de coisa que eu acho muito tri e útil. Só falta eu aprender a usar decentemente um shellzinho u.u

Era isso...

R$

21 de ago. de 2011

Novo Design

Essa postagem deve ser curta...

Desde o início do blog, tenho usado o mesmo design, azul com laranja, e tudo mais. Como meu irmão me sugeriu, aquele design era "antigo" e pessoas desatentas que conhecessem um pouquinho do blogger como meu irmão (na real, eu acho que meu irmão conhece até demais isso) poderiam ter a impressão de que o blog não é atualizado há algum tempo (apesar de, como argumentei pra mim mesmo, as datas aparecem cintilantes próximo ao título de cada postagem).

Por fim, como estava com preguiça de ler o que eu tenho pra ler (hey, hey, isso me lembra o seguinte video, em seus primeiros 25segundos:



), resolvi dar uma mexida aqui ou ali no leiaute do blog e, acho, ficou bem melhor do que antes, além de "atualizado". Além disso, finalmente consegui fazer o "Rabanetes Cebolas" do título do blog ficar bonitinho, aos meus olhos, é claro.

Por fim... era isso... só pra avisar do novo design, caso o leitor tenha sido capaz de não notar u.u

R$

20 de ago. de 2011

Documentando

Estou muito satisfeito com a bolsa de iniciação científica, a qual começou oficialmente este mês.

O meu objetivo, durante meu trabalho lá, será implementar a paralelização do código do MClone, a.k.a, a implementação do trabalho de doutorado do meu professor. Quando peguei o código pela primeira vez, ele estava uma bagunça (ainda está). Desde o seu desenvolvimento inicial, em torno do ano de 1999, um bom número de pessoas, para diferentes fins, modificou o código do MClone. Como elas gostariam dos créditos de sua modificação, causaram um monte de poluição incluindo comentários do tipo "modificado por 'insira_nome_aqui' em 'insira_data_aqui'". Além disso, como não tinham o objetivo de manter o código usável para outrem num futuro distante, não parecem ter se preocupado muito com a legibilidade, mantendo comentadas (das mais variadas formas possíveis) as partes "obsoletas".

Em um certo momento, no início do ano, quando eu comecei a entrar em contato (contato muito frágil, digamos assim) com o programa, percebemos a bagunça. Algumas partes estão muito bonitas, com código limpinho e bem documentado. Outras partes estão complicadas, cheias de comentários aleatórios de código antigo e estruturas de dados com nomes nem um pouco convencionais (e.g., tem uma lista encadeada com o nome de Array). No meio do semestre passado, pegamos cada arquivo e demos uma olhada em o que cada coisa faz. Decidimos que faríamos uma série de classes e reestruturaríamos tudo. Apesar de eu participar dessas reuniões, muito pouco mexi no código até agora: quem mais arrumou (e fez um ótimo trabalho, reestruturando em pastas as classes -- antes, como o código era majoritariamente em C, quase nem víamos classes; agora, as coisas já estão encaminhando, creio --, sempre versionando através do projeto do MClone que a gente criou no GoogleCode) tudo foi o mestrando que trabalhava comigo.

Agora, no início do semestre, voltei a mexer no código. Como precisava conseguir compilar o programa no Ubuntu que eu instalei numa máquina lá da Computação Gráfica, e como pretendia utilizar o Eclipse, e como ao programa faltava um Makefile (acho que ele se perdeu no meio das reestruturações), resolvi documentar tudo, desde o que se deve fazer para compilar utilizando o Eclipse até como é que se faz para instalar as bibliotecas necessárias ao programa. Foi isso que fiz durante quase o dia inteiro de quarta-feira, e isso que pretendo terminar de fazer na segunda-feira.

Documentando o código, percebi algo interessantíssimo: eu ADORO documentar. Adoro escrever explicações sobre de que forma é possível fazer algo que não seria óbvio para qualquer um.

Lendo A Catedral e o Bazar, do Eric Raymond, esses dias, eu me deparei com a seguinte frase (negrito feito por mim):

Many people (especially those who politically distrust free markets) would expect a culture of self-directed egoists to be fragmented, territorial, wasteful, secretive, and hostile. But this expectation is clearly falsified by (to give just one example) the stunning variety, quality, and depth of Linux documentation. It is a hallowed given that programmers hate documenting; how is it, then, that Linux hackers generate so much documentation? Evidently Linux’s free market in egoboo works better to produce virtuous, other-directed behavior than the massively funded documentation shops of commercial software producers.

Eu não sou lá um programador grande coisa... então acho que posso ser bom em documentar (e gostar disso), mesmo, né?

Finalmente, meu professor estava reclamando sobre o fato de que o porte que uma das pessoas que mexia no código antigamente fez para Mac não funciona no computador dele. Sinceramente, acho que após as minhas pequenas arrumações há uma relativa chance de que o programa passe a funcionar no computador dele também - o que seria algo bem legal, né?

Era isso, enfim... o todo foi mais para explicar que eu percebi que gosto de fazer documentação u.u

R$

14 de ago. de 2011

Músicas internacionais - um pouco mais sobre língua

Desde que me conheço por gente, ouço músicas internacionais. Na TV, em filmes, em desenhos, na escola (nas aulas de inglês, por exemplo, ou mesmo nos toques de celular que as pessoas põem hoje em dia), etc...

Algo que sempre me chamou a atenção, de qualquer forma, foi o fato de que, apesar de o imperialismo norte-americano ter já nos forçado a aprender boa parte de suas músicas "dos tempos de hoje", mesmo que frequentemente sem querermos (quem é que nunca ouviu Another Brick in the Wall, por exemplo, ou a Friday da Rebeca Black? -- se bem que a internet é um caso meio que a parte), nos tempos da música "clássica" (em seu mundo fechado, de antigamente), os imperialistas não eram falantes da língua inglesa: eram alemães e italianos, em sua grande maioria.

Quem é que nunca ouviu sequer uma vez, por exemplo, essa parte da La Traviata, ou La Dona E Mobile. Quem é que nunca ouviu ou viu algum desenho referenciar "O Barbeiro de Sevilha" ou algum filme referenciar a Marcha Nupcial do Richard Wagner. Aliás... até o Hitler gostava desse último cara, e usava a sua Cavalgada das Valquírias como background para seus discursos (ao menos foi o que eu ouvi falar -- não sei se é verdade mesmo u.u).

Tá certo: eu realmente não faço idéia de qual seja a época de cada um desses autores. Mesmo assim, não se pode negar que a grande maioria desses caras (que fazem sucesso entre as músicas ditas "clássicas) era de uma das duas nacionalidades citadas (e nem precisei citar Handel, Mozart, Beethoven, e Bach, por exemplo).

O objetivo de escrever sobre essas nacionalidades foi porque eu estava enculcado com uma coisa: os corais brasileiros que cantam músicas dessas línguas em geral não sabem o que estão dizendo -- e possivelmente não estejam nem pronunciando adequadamente as sílabas de cada uma de suas palavras. Tenho o exemplo da OSPA: o pessoal do coral muito pouco sabe sobre essas línguas!

Esse assunto me veio à cabeça quando, ontem, eu ensaiava, num dos dois corais religiosos de que faço parte, a música "Oh, Happy Day". Por sorte, eu e o mano (meu irmão gêmeo) não temos problemas com o inglês e pudemos ajudar na pronúncia tranquilamente. Mas a grande maioria (por mais inacreditável que isso possa ser pra quem vive em meio a inglês o tempo todo, jogando, ouvindo música, vendo videos, etc) lá tem tanto ou menos contato com inglês quanto, acho, eu tenho com o alemão (ou seja, conhece algumas palavras -- muitas delas relacionadas ao contexto religioso -- mas não sabe pronunciar, nem mesmo entende a estrutura das frases -- tá... acho que chego a estar melhor no alemão do que grande parte deles no inglês). Mesmo assim, o resultado foi o mesmo que eu enxergo quando assisto à OSPA (é raro, mas eu acho que lembro o suficiente): no meio da bagunça, a pronúncia parece bem certa. A gente tentou simplificar ao máximo as pronúncias (ao ponto de a gente dizer que "taught" deveria ser pronunciado "tóg"). Sinceramente, eu não notaria que eles não sabem quase nada de inglês se eu ouvisse o coral de fora. Fiquei satisfeito. A música saiu bem melhor do que eu esperava, e acho que logo estaremos cantando por aí quando sairmos pra "cooperar" (é o jargão religioso pra "se apresentar" no nosso contexto).

Por fim, o último problema era o seguinte: eu não gosto de cantar sem saber o que estou dizendo, mesmo que esteja "cantando certo" -- não que isso influencie em se eu vou gostar da música ou não, mas só pra saber mesmo. No próximo ensaio combinamos de ter a música traduzida pra todo mundo saber o que está dizendo (para corais não religiosos acho que isso não faria tanta diferença; mas acho que no nosso contexto faz bastante sentido: ninguém gostaria de sair "spreading" algo diferente do que pensa).

Era isso...

11 de ago. de 2011

Academia

FINALMENTE comecei "academia".

Como falarei em um post futuro, musculação e treino, e seus respectivos derivados são palavras que me incomodam um pouco, e que eu frequentemente evito usar. Mesmo assim, acho que é bom tentar terminar com esse problema (tentemos):

FINALMENTE comecei musculação.

Lendo o "How to Become a Hacker", do Eric Raymond, me deparei com esse parágrafo, onde o Eric Raymond fala que trabalho repetitivo e desnecessário deve ser evitado a todo custo, e que sempre deve-se tentar automatizar aquilo que frequentemente fazemos e que não demanda esforço. "Levantar peso", de certa forma, sempre me pareceu algo desse gênero (eee, sinceramente, eu não sei o que fez com que eu realmente quisesse começar a fazê-lo nesses últimos tempos). De qualquer forma, após ler essas coisas, me deparei com o seguinte parágrafo:

"(There is one apparent exception to this. Hackers will sometimes do things that may seem repetitive or boring to an observer as a mind-clearing exercise, or in order to acquire a skill or have some particular kind of experience you can't have otherwise. But this is by choice — nobody who can think should ever be forced into a situation that bores them.)"

Traduzindo livremente:

(Há uma execção aparente a isso. Hackers às vezes farão coisas que podem parecer repetitivas ou tediosas para um observador como um exercício que limpe a mente, ou com o objetivo de adquirir uma nova capacidade ou ter algum tipo particular de experiência que você não poderia de outra forma ter. Mas isso é uma escolha ninguém que pode pensar deveria ser forçado a estar em uma situação que a tedie em momento algum.)

Lendo esse parágrafo, muitos leitores poderiam pensar "tá... mas qual capacidade tu quer adquirir?". Nenhuma: procuro tratar esse levantamento de peso um exercício de "limpeza de mente", um exercício durante o qual eu não precise pensar em nada, ou possa pensar em coisas quaisquer. Um exercício que não exija concentração maior do que a necessária pra contar até 10 (ou 15, às vezes u.u). Enfim... eu realmente acho a atividade completamente tediosa, mas tenho plena certeza de que ao menos durante um mês eu vou permanecer participando dela todos os dias em que me é permitido participar (até porque eu já paguei, e isso significa MUITO pra mim v_v').

Finalmente, esse começo de academia tem sido um tanto difícil: não aguento aquele ambiente, cheio de pessoas que parecem querer demonstrar que estão lá há muito mais tempo e que já são infinitamente melhores do que eu nesse aspecto; tenho sentido bastantes dores, principalmente nas pernas (hoje passei o dia andando o mesmo que se tivesse me cagado nas calças); e não suporto não poder usar calças jeans - to usando umas calças de moletom que me fazem me sentir como se estivesse de pijamas D= - para praticar exercícios físicos. Nenhum desses problemas, de qualquer forma, se apresentar como grandes obstáculos, e acho que logo estarei acostumado a essa coisa toda.

O objetivo dessa postagem, enfim, era somente compartilhar um pouco sobre essa experiência estranha dos meus últimos dias.

Era isso...

R$


9 de ago. de 2011

Sobre a língua e os preconceitos sociais associados a ela

Alguns anos atrás, quando eu ainda fazia parte de verdade (hoje em dia não me sinto mais parte daquele departamento, apesar de, efetivamente, fazer parte dele) do "departamento de Jovens" (não sei qual é o nome de verdade do departamento) da igreja, fui a um retiro de carnaval (para quem não sabe o que é, é a forma como muitas igrejas conseguem fazer com que seus jovens evitem sair a "pular carnaval". Lá, eles passam os dias da "festa da carne" fazendo nada - sempre tem tempo definido pra justamente fazer nada u.u - e coisas relativas à bíblia e ao mundo cristão) num "lugar" (não sei como chama, se é parque, sítio ou o que) chamado "La Toma". Lá, durante os momentos de fazer nada, e como um amigo tinha levado um tabuleiro de xadrez (com imas e tudo mais) para jogar no tempo livre, me convidei para jogar consigo. Esse amigo, por acaso, era o Diego, um surdo. Na hora em que comecei a jogar, sem me ligar no porquê (e nem imaginar que esse porquê poderia ser importante), pensei coisas do tipo "aaa... vai ser fácil ganhar". O jogo foi acontecendo, eu cometi algumas mancadas, ele também (porque, afinal, acho que nem eu nem ele somos do tipo de gente que joga xadrez mais do que, quando muito, uma ou duas vezes por ano), e aos poucos eu fui percebendo que o tinha subestimado. Certamente que ele era bem melhor do que eu esperava. Mesmo assim, eu ganhei a partida =D.

O caso me foi marcante porque "por algum motivo" eu tinha achado que ele tinha de ser um mal jogador de xadrez. Imaginei, na época, que o motivo tivesse alguma relação com um possível preconceito "inconsciente" que eu tivesse contra ele e que, por acaso, naquele momento se fez aparecer. Aos poucos, acho, esse preconceito foi se "revelando", como vou explicar mais adiante...

Mudando dos paus pra canoa, o leitor obviamente concorda comigo quando digo que crianças têm um "seu jeito peculiar" de falar. Às vezes não concordam os gêneros direito, às vezes usam o pronome errado, às vezes não concordam os números direito (se bem que, convenhamos, nem a gente concorda), etc. No meu terceiro semestre na UFRGS, quando estava fazendo a cadeira de "Arq2" (Organização e Arquitetura de Computadores 2), tive um colega que, ao falar, às vezes, me lembrava uma criança. Ele era africano, de um país onde não se fala nativamente o português, e, apesar de já falar até que bem bem o português, ele ainda tinha algumas dificuldades, às vezes, para construir as frases em "tempo real". Ele tinha outra característica importante: perguntava SEMPRE. Era provavelmente o aluno que mais fazia perguntas na aula (ao menos naquela aula, onde praticamente ninguém falava nada u.u).

Logo no início do semestre, quando o seu "perguntar SEMPRE" passou a chamar a atenção (é que, realmente, ele perguntava affuuuu), fiquei com uma impressão ruim. Não sei por que motivo, mas achava que ele tinha alguma dificuldade, alguma problema que talvez tornasse as aulas mais difíceis pra ele. Talvez até fosse algum problema "da cabeça", sei lá. Bobagem! Era o meu preconceito falando mais alto denovo. Quando comecei a pensar que ele talvez falasse mais línguas que eu (o que não é tão difícil assim, mas, enfim), que tinha saído do seu país e vindo pra um lugar totalmente novo, com outra cultura, e, assim, enfim, tinha provavelmente já experienciado muito mais coisas do que eu sequer poderia imaginar à época, percebi o meu erro.

Esses tempos, no dojo de programação, apareceu um dos intercambistas da Alemanha pra participar. Como falava pouco e seu nome era "normal" (acho que era Raphael), eu nem percebi que era alemão. Em vez disso, estava já ficando com a seguinte impressão: "burro" o cara não é, afinal, ele tava na UFRGS e demonstrava conhecer já algumas linguagens; mas definitivamente algum problema social o cara tem. O problema social era a língua u.u. Quando percebi que o cara era alemão (o cara fala português tri bem já pra quem está desde março, acho, aqui), me liguei que o meu preconceito estava tentando gritar denovo.

Mas que preconceito é esse de que eu tanto falo? Aos poucos, com o convívio com os surdos e com pessoas aleatórias de outros lugares que passam pela minha vida, tenho percebido que, quando uma pessoa não domina bem a língua "do lugar", é fácil imaginarmos que ela também não domine bem outras "faculdades mentais", digamos assim. Pondo de uma outra forma, a gente (ou, ao menos eu, mas, chegarei lá, chegarei lá) tende a esperar pouco, i.e., subestimar, em geral, as pessoas, quando elas não dominam a língua "que esperamos que ela domine".

Um professor de português do cursinho (o Marcelo, ou Mamute, como o chamavam), em 2007, disse mais ou menos a mesma coisa. Lembro que na época ele defendeu sobre como é comum a gente julgar uma pessoa pelo modo como ela fala e como é fácil a gente subestimar a capacidade de uma pessoa só porque às vezes ela tem dificuldades de comunicação.

Também, o Eric Raymond, um dos caras fodões da cultura de código aberto, escreveu no seu "How to Become A Hacker" (esses dias fui ao site dele, como quem não quer nada, e, por acaso, encontrei esse texto. Só pra saber o que ele dizia, me parei a ler. Gostei =D), o seguinte:

"Being a native English-speaker does not guarantee that you have language skills good enough to function as a hacker. If your writing is semi-literate, ungrammatical, and riddled with misspellings, many hackers (including myself) will tend to ignore you. While sloppy writing does not invariably mean sloppy thinking, we've generally found the correlation to be strong — and we have no use for sloppy thinkers. If you can't yet write competently, learn to."

(para o caso de alguém não entender, vou traduzir livremente - vai ficar horrível, mas vamos lá):

"Ser um falante nativo de inglês não garante que você seja bom na língua o suficiente para ser um hacker. Se sua escrita é semi-literal, não gramatical, e enigmática em função de erros de ortografia, muitos hackers (incluindo eu) tenderão a ignorá-lo. Enquanto escrita desleixada não invariavelmente significa pensamento desleixado, em geral percebemos que a relação é forte - e não vemos utilidade alguma para pensamento desleixado. Se você ainda não consegue escrever competentemente, aprenda."

O leitor vai me dizer "tá... mas isso aí tem a ver com a escrita, e não com a fala". Mesmo assim, na minha opinião, o caso é o mesmo: o problema está principalmente na falta de domínio sobre a língua, eu diria. Infelizmente, como a forma de comunicação nesse caso é escrita, o julgamento fica ainda mais prejudicado, na minha opinião.

Finalmente, me uso como exemplo: frequentemente, quando em meio a pessoas que eu já conheço e com quem me dou bem, me demonstro [até que] com facilidade de comunicação (ou ao menos mais ou menos isso u.u), e tenho a sensação de que as pessoas não têm impressões ruins quanto às minhas capacidades mentais. Por outro lado, às vezes, quando em situações que exigem um pouco mais de personalidade (ao falar em público, apresentar trabalho, perguntar sobre preços, condições, e outras coisas em alguma loja ou estabelecimento comercial em geral), eu me demonstro uma negação social, e acabo me fazendo parecer um doente (dá pra perceber pela cara da pessoa que me atende na loja quando acontece, e eu ainda estou tentando desenvolver uma "defesa" contra isso u.u). Conheço várias pessoas aqui em Guaíba que, na minha opinião, são parecidas comigo, nesse aspecto. Conversar com elas durante 5min deve dar uma impressão horrorosa; conversar durante 30min deve dar uma impressão ótima.

Era isso...

R$

4 de ago. de 2011

Morrendo e Revivendo - um balanço das minhas férias...

Passei os últimos 17 dias nominalmente morto. Este era o objetivo: sumir. Queria jogar um jogo e fazer algumas coisas que tinha como importantes a serem feitas nas férias. Se não fosse capaz de cumpri-las, acho que teria terminado as férias me sentindo cansado, frustrado, por ter feito tantos planos e cumprido tão poucos.

Finalmente, consegui: assisti ao Senhor dos Anéis, como já disse, e aos três "primeiros" episódios do Star Wars. No dia posterior, dei uma relaxada, fui ao cinema com alguns amigos, e a partir da sexta-feira da semana retrasada comecei a jogar Golden Sun, para GBA. O primeiro jogo (são dois jogos: o primeiro vai até "a metade" da história e o segundo continua exatamente onde o primeiro termina) foi rápido, demorou 4 dias para terminar. O segundo foi até ontem denoite, quando, às 3h da manhã, finalmente venci o último chefe (admito que não aguentava mais =)). Terminou, e agora me sinto com a disposição necessária para vencer mais um semestre.

Esse semestre será complicado, com 7 cadeiras (bem mais do que eu normalmente pego), mas certamente será bom. Voltarei a ter aulas com o melhor professor do curso, na minha opinião \o/.

Além disso, já me propus a entrar em um projeto "sério" com uns amigos nos quais desenvolveremos mais um joguinho (as aspas no sério são justamente por ser um jogo), e dessa vez pretendemos utilizar Löve como "engine" (não conheço direito a Löve e por isso não sei se dá pra chamar assim) para nosso programa.

Enfim enfim... esse semestre "promete". Infelizmente, vejo que terei de deixar alguns projetos "de lado" (o que significa que devo "fulfil" eles nas férias), como a tradução do livro de Haskell (frustrante pensar que o mantenedor do projeto nunca mais entrou no github desde abril - se bobear já até morreu ou está acometido de uma grave doença e eu to xingando ele, coitado D=) e os meus videos no Youtube (eu até tinha criado uma conta google com o nome "Satyrslair", mas no fim acho que vou deixar ela "de molho" durante um tempinho D=). De qualquer forma, estou feliz e contente com esse novo semestre que começa \o/

22 de jul. de 2011

apt-file

Estava eu tentando esses tempos compilar o sndpeek, um programa que o Fialho me sugeriu como começo ao meu trabalho final de CG, quando me apareceu um erro de compilação motivado pela falta de uma lib no meu computador. Estou certo de que se eu fosse mais novo nesse assunto, teria me escabelado e esperneado e ficado horas tentando descobrir o motivo do erro, mas felizmente ao menos por esses erros mais babacas eu já passei em outros tempos e fiquei feliz de saber de cara o que deveria fazer: era necessário que eu instalasse a lib que estava faltando.

Infelizmente, quando vi que o makefile incluía um "-l" que eu não conhecia, fiquei meio sem saber qual poderia ser o nome da lib, então fui ao Synaptic (uso Ubuntu, como o leitor deve saber), tirei o "-l" do escrito, e coloquei o que sobrou na busca. Na hora, o Synaptic não achou nada que me parecesse ser o que eu procurava, no que a minha próxima solução foi buscar no google por essa lib.

No meio das buscas, achei esse link, o qual me agradou profundamente. Não que ele tenha me sido útil no momento, mas eu já teria perdido menos tempo em outras ocasiões se soubesse do tal apt-file. Instalei o tal imediatamente e testei-o, só pela brincadeira.

Enfim... essa postagem é somente para compartilhar o causo e o programa que considerei muito útil. Para quem não está a fim de abrir o link para saber do que trata o apt-file, ele ajuda a procurar nos repositórios pelo pacote do qual um certo arquivo faz parte. Assim, digitar (na linha de comando), por exemplo:

$ apt-file search alsa/asoundlib.h

E receber como retorno:

libasound2-dev: /usr/include/alsa/asoundlib.h

Genial, não?

Não sei quanto aos leitores, mas pra mim me pareceu maravilhoso!

Enfim, enfim... era só isso \o/

R$

20 de jul. de 2011

Férias

Finalmente férias, e então eu poderei escrever muito mais aqui do que andei escrevendo nos últimos tempos.

Para as minhas férias, tenho muita coisa planejada. Assisti anteontem aos filmes do Senhor dos Anéis (a versão extendida), como já estava querendo há muito. É possível que alguém mais fundamentalista queira me crucificar aqui, mas a verdade é que eu gostei muito do filme, e achei até que bem fiel ao livro (o suficiente, ao menos, pra quem teve que contar a história em 12h). A única coisa que não me agradou foi o fato de o anel ter ido pra Osgiliath (o que não fez nenhum sentido pra mim: por que não ter feito do jeito original do livro? ).

Ontem assisti à primeira trilogia do Star Wars (IV, V e VI), a que tinha assistido quando era muito novo, e agora entendo muito melhor as frases do seguinte video (não é preciso que eu o introduza, certo? É de conhecimento geral, né?):



Terminado o Star Wars, tenho somente mais alguns filmes pra ver - que andei baixando no início do semestre e a que não deu tempo de assistir - e, então, finalmente, começarei Golden Sun, um RPG de GBA que me recomendaram muito.

Depois do jogo - que pretendo jogar em maratona u.u - só vão faltar duas coisas: ler um código que estou me enrolando pra ler já há algum tempo e ler um livro sobre processamento de sinais digitais. AAA... também estou meio desanimado com o projeto de tradução do livro de Haskell que eu falei no início do semestre passado: o dono do projeto simplesmente não dá pull nas atualizações (o cara não loga no github desde março ), no que já estou quase a ponto de querer traduzir o livro eu mesmo, sozinho, sem aquele cara lá ¬¬

Como disse, voltarei aqui mais frequentemente nos próximos tempos, falando de coisas mais interessantes do que os meus planos (ao menos é o que eu espero).

AAA... eee... pra aqueles que se preocupam com essas coisas: feliz dia do amigo \o/

Era isso u.u...

R$

4 de jul. de 2011

Sobre minhas leituras

Finalmente terminei de ler O Senhor dos Anéis.

Foi uma jornada de em torno de 6 meses desde que comecei a ler A Sociedade do Anel, perto do natal do ano passado, durante as viagens de ônibus, até o fim de O Retorno do Rei, na última quinta-feira. Me sinto "vencedor", nessa trajetória, por alguns motivos, os quais enumero a seguir:

Em primeiro lugar, creio que é necessária perseverança que eu ainda não conhecia para ler o livro até o fim. Sei que uma significativa parte dos meus leitores vai considerar que nem é tão grandes coisas terminar o livro, mas a verdade é que definitivamente esse é o primeiro livro de tão grande porte que eu termino. Falarei mais disso em breve...

Em segundo lugar, me sinto bem por saber que nesse ano estarei contribuindo bastante para o aumento do número médio de livros lidos anualmente por brasileiro. Sei que esse número é pequeno (uma pequena pesquisa no google me levou a 4,7), e apesar de eu certamente ler bem mais do que o número de livros médio do brasileiro (convenhamos, eu leio outras coisas, estou sempre lendo, mas nunca fecho um livro inteiro D=), eu não leio os livros até o fim e normalmente não termino próximo da média anual do brasileiro. Digo isso porque, desde que terminei O Senhor dos Anéis, comecei a ler um pequenino livro de "contos" (é isso?) do Sherlock Holmes, e diria que já estou em vias de terminar =D

Em terceiro lugar, me sinto vencedor porque finalmente me tornei um leitor e venci aquela barreira entre o "tentar ler" e o "ler efetivamente". Não sei se o leitor entende o que quero dizer, por isso tentarei ser mais claro: em outros momentos, eu definia que leria um livro e, a partir de então, encarava a leitura como um desafio, ou uma obrigação, algo que me incomodava. Ler era uma tortura pela qual eu deveria passar (eu já estava acostumado a esse tipo de comportamento quando tocando clarinete, por exemplo - apesar de no clarinete eu ter progredido bem mais, se bem que eu também tocava bem mais clarinete do que lia u.u). Agora ler passou a ser divertido. Não que não haja momentos em que ler é ruim (às vezes eu estou meio com sono ou dor de cabeça e ler é complicado), mas agora há momentos em que ler é realmente bom (os "contos", ou seja lá o que for, do Sherlock Holmes são MUITO bons!).

Voltando a o que eu ía dizendo no início, sobre pra mim ser realmente um feito que eu tenha terminado O Senhor dos Anéis (chamarei de LOTR para poupar meus dedos frios enquanto escrevo), a questão é que, a partir de agora (na verdade, eu diria que a partir de quando comecei O Retorno do Rei, que eu li infinitamente mais rápido que As Duas Torres e A Sociedade do Anel), livros grandes não me intimidam mais, com seus capítulos de muitas páginas e suas letras miúdas. A partir de agora, ler textos compridos é possível e aceitável \o/

Os próximos livros, na sequência de meus planos, talvez não agradem a ninguém além de mim. Ao terminar o livro do Sherlock Holmes que estou lendo, pretendo finalmente começar Memórias Póstumas de Brás Cubas (é que a Priscila levou e nunca mais devolveu =/), e depois, se tudo der certo, pretendo começar o primeiro livro do Harry Potter. Só então, voltarei para o universo do Tolkien e começarei O Silmarilion, que aguarda pacientemente na prateleira =D

Era isso... (nada de mais, só um pouco sobre minhas leituras)

R$

26 de jun. de 2011

Pessimismo

Aruna e Bline conversavam ao telefone...
 -- E o seu irmão, como vai? -- pergunta Aruna.
 -- Ah, ele se acidentou de carro e sofreu alguns arranhões -- responde Bline, despreocupada.
 -- Mesmo? E como é que ele está?
 -- Agora, com as duas pernas quebradas, graças ao acidente.
 -- Credo! Então ele tá mal! Não foram só "alguns arranhões" como você me disse...
 -- Não não. As pernas quebradas foram para caber no caixão. É que ele era grande demais. Foi enterrado anteontem.

12 de jun. de 2011

das Minhas Relações Sociais

Ontem o coral jovem da igreja da qual participo foi cantar na "matriz" (adoro essa palavra: ela dá a impressão de que essa sistematização da igreja é algo mais sério do que realmente é) de Porto Alegre, num culto mais voltado à integração da matriz com outros "distritos" (outra palavra fruto dessa sistematização exacerbada proveniente da minha denominação).

Fomos com um ônibus "fretado", no qual, na volta, conversei um pouco com uma amiga minha (com quem pouco converso, apesar de considerar que de certa forma me identifico significativamente com alguns de seus pensamentos) sobre o modo como eu acho que funcionam as relações sociais no meu "mundo". De minha parte, achei estranho que ela tenha achado engraçado o meu modo de ver as coisas. Mesmo assim, como já vinha me propondo desde julho do ano passado (logo depois do FISL) a falar disso, resolvi que a hora é chegada de brincar um pouco sobre o assunto.

Antes de qualquer coisa, se o leitor não tiver notado, o título da postagem é uma referência ao Machado de Assis e ao modo como ele nomeava os títulos de alguns dos capítulos de seu Dom Casmurro. Machado de Assis, na construção da sistematização que proporei a seguir, teve uma enorme contribuição, já que freqüentemente "defendia" que tudo o que as pessoas fazem na vida é sempre movido ou por desejo ou por interesse (ao menos foi assim que eu aprendi nos livros do cursinho, aos quais eu não tenho mais acesso, já que emprestei pra alguém e não me lembro mais quem foi D=). Aliás... procurando por algum lugar onde se dissesse isso na internet (demorei pra achar qualquer coisa que servisse), encontrei essa aula, que achei até que bem boa:



Cheguemos, então, aonde eu quero chegar: quero falar sobre as minhas relações sociais.

O "desenvolvimento" do meu pensamento começou, acho, quando eu comecei a conviver com alguém que realmente tinha "problemas" e era o que chamarei de "doente". Apesar de "doente", essa pessoa é tão capaz de crescer pessoal e profissionalmente quanto eu (acho

Para começar, preciso comentar algumas coisas. Preciso dizer, em primeiro lugar, que ter tido um terceiro ano do ensino médio ruim (em termos sociais - eu não conversava com ninguém) me levou a entender que, quando ninguém se conhece, todo mundo é "acessível", o que não é tão verdade ainda quando as pessoas já se conhecem e já formaram grupos "fechados" entre si (esse novo entendimento me levou a uma socialização de sucesso quando eu fui pra FURG, em Rio Grande).

Tendo dito isso, quero começar falando da primeira (de um grupo de duas) conclusão a que cheguei: pessoas bonitas sempre levam vantagem nas relações sociais. Não é verdade? Se tu é bonito, as outras pessoas tendem a te aceitar muitíssimo mais facilmente do que em outros casos. Pessoas bonitas tendem a conseguir se fazer ouvir mais facilmente, inclusive. É a sensação que eu tenho, ao menos... u.u. Com essa primeira conclusão (e crendo que ao menos pra feio eu não sirva), passei a supor que as pessoas com quem eu tentar socializar provavelmente não vão querer me afastar; pelo contrário, inicialmente, vão provavelmente justamente entender que eu sou alguém que elas não conhecem tentando socializar. Na pior das hipóteses ([nerd] se eu tirar 1 no D6 T_T [/nerd]) elas não vão achar os meus assuntos legais e vão me considerar alguém chato. Num segundo caso, se as pessoas já me conhecem, elas provavelmente serão educadas: ouvirão o que eu tiver a dizer e logo "educadamente" encontrarão uma forma de fugir de mim, avisando que vão pegar uma água "ali" ou que vão falar com outro alguém "lá" (nada que eu também não vá fazer uma vez ou outra).

Uma segunda conclusão: em geral as pessoas se aproximam umas das outras somente pela utilidade que uma pode trazer à outra. Essa utilidade pode ser uma coisa bem sutil: ambas não conhecem ninguém num lugar e passam a se conversar porque percebem que são as únicas sem grupo; ou então ambas precisam de dupla pra um trabalho; ou ainda ambas são das únicas que gostam de falar sobre um certo assunto. O leitor poderia chamar de "amizade". Ok... chame do jeito que quiser.

O leitor vai dizer: essas duas conclusões são justamente as que eu disse que o Machado de Assis defendia. Pois são mesmo; mas eu tive de concluí-las eu mesmo antes de perceber que o Machado de Assis já tinha dito isso. E é no segundo ponto que os meus pensamentos mais se desenvolveram. Nessa segunda conclusão que mora praticamente o motivo dessa postagem. Comecei o todo querendo chegar a um ponto: quando alguém começa a me tratar como "doente".

(Serei um pouco redundante aqui, mas, enfim...) Andei percebendo (e foi bem sobre isso que eu conversei com a minha amiga) que, em geral, as pessoas são "acessíveis". Não importa quem tu seja, elas são acessíveis. Educadas, elas conversam contigo, não importante o quão divertido elas achem teus assuntos. Mesmo assim, pra que elas realmente se esforcem e queiram que tu faça parte de seus grupos sociais (ou seja, pra que ELAS queiram vir conversar contigo), é necessário que tu tenha algo útil ou interessante a elas. Beleza é algo válido, mas nem sempre é suficiente. Tu pode ser bonito, mas, se ao mesmo tempo tu é de alguma forma esquisito, tu não vai ser bom o suficiente pra os seus grupos. O resultado é que as pessoas agirão de uma das duas seguintes formas: (1) vão te tratar como doente; (2) vão te ignorar. (na real, eu prefiro pensar que talvez haja uma certa graduação entre os dois pontos, mas ignoremos que ela existe por agora)

Em lugares onde o ser ignorado não faz parte dos atos socialmente aceitáveis (como na igreja, por exemplo), o ser tratado como doente é escolhido predominantemente. Alias... o que é ser tratado como doente? É justamente ser respondido, mas não procurado; ser por um lado aceito como alguém participante da "sociedade", mas não participante do "grupinho". Como exercício, sugiro ao leitor que justamente pense (pra mim é claro, mas creio que pra o leitor pode não ser tão fácil assim) em como trataria alguém que tem, por exemplo, alguma dificuldade de comunicação (na minha idealização, essa pessoa seria alguém a quem a gente periodicamente se daria ao trabalho de tentar dar alguma atenção; também seria alguém a quem a gente daria atenção imediata no momento em que se manifestasse; por outro lado, seria alguém a quem evitaríamos no caso de querermos um momento agradável com nossos "amigos").

(Grande mundo da comunicação, aí estamos mais uma vez mergulhando em ti:) A comunicação, aliás, é, eu diria, o maior motivo pelo qual alguém poderia ser tratado assim. Pessoas com dificuldade de comunicação, na minha visão de mundo, tendem a ser de alguma forma menosprezadas. Acho que posso dizer que me sinto assim de vez em quando: como é difícil pra mim às vezes explicar algumas coisas, as pessoas tendem a se cansar antes que eu consiga chegar ao ponto onde quero chegar. Nesses casos, tendem a de alguma forma fugir, dando atenção a algum outro assunto que descobrem no momento poder receber mais atenção do que eu.






Tire um tempinho para ler essa tirinha maravilhosa do Ryotiras antes de continuar. Esse monte de coisas que estou dizendo talvez vá blow your mind se você for muito rápido...

AAA... outra coisa interessante: o andar com alguém que é tratado como doente te torna doente pra aqueles que o tratam como doente também. O conversar predominantemente com o doente faz com que aquele grupo te julgue como tal, sem saber o teu "potencial". Aliás... essa é outra palavra interessante, que pretendo explorar agora (foi a que eu usei quando conversando com a minha amiga).

Na faculdade, eu poderia dizer que não me sinto tratado como doente por grande parte das pessoas. Acho que, talvez, no máximo, excêntrico (no mínimo estranho tenho certeza de que alguns dos meus colegas poderiam me considerar). Mesmo assim, quem não é estranho no meu curso? (Creio eu) Boa parte daquela gente justamente releva as estranhezas de outrem por já estar acostumado às suas. Por outro lado, uma pessoa em especial é "tratada como doente": um colega, talvez um pouco mais estranho que os outros ([direitista] "todos os animais são iguais; alguns porém são mais iguais que os outros" [/direitista]). As pessoas não o desprezam quando ele entra nos seus grupos, mas não o convidam para participar também; ao mesmo tempo, ele passou no vestibular (no primeiro semestre!) e em várias cadeiras (inclusive em cálculo =D) e, assim, eu poderia dizer que tem tanto potencial de se formar quanto qualquer um naquele curso (talvez, sinceramente, inclusive, mais potencial do que alguns u.u).

Ainda sobre potencial, eu acho até mesmo engraçado quando, dentro da igreja da qual faço parte, me vejo "tratado como doente" por algumas pessoas. Às vezes, gente que me conhece há tempos, inclusive. Tipo... WTF? A minha primeira conclusão é de que definitivamente o meu "lack" de comunicação seja o causador do problema. A minha segunda conclusão é relativa ao tal do "potencial": às vezes falo algumas coisas tão tão específicas (comento sobre o livro que estou lendo, ou sobre o jogo que andei jogando, ou mesmo sobre alguma coisa que achei interessante que tem no Linux e não tem no Windows, ou ainda alguma observação que me veio na hora na mente sobre alguma palavra do português que tem uma tradução interessante no inglês ou no alemão) que os meus interlocutores ou não se interessam (porque não é algo de que gostem) ou simplesmente não são capazes de entender (sim... é verdade... eu tenho dificuldades de perceber... às vezes... que o que eu estou falando não é algo simples e que o interlocutor definitivamente NÃO VAI entender D=).

Percebo, enfim, que eu não sou doente, quando encontro pessoas que falam comigo e entendem o que eu digo (ou se esforçam para isso). Os regentes dos corais dos quais participo, em especial, são pessoas que inclusive me convidam pra participar das coisas quando percebem que a minha presença seria interessante; o meu professor de música (que hoje em dia não é mais meu professor, mas, enfim, que foi quem me ensinou os "primeiros passos" da música) é outro que me convidou várias vezes a participar das coisas que ele inventava (relativas à música também); também os meus professores de LIBRAS (e o pessoal da LIBRAS em geral) discutem de vez em quando comigo sobre aqueles assuntos polêmicos relativos aos estudos surdos que aparecem aqui ou ali em alguma aula (no caso, eu discuto em momento apropriado, fora das aulas u.u); por fim, os meus colegas da faculdade reclamam da minha ausência aos "encontros" que eles organizam quase que semanalmente em algum cinema ou na casa de alguém (creio que, se eu fosse tratado como doente por eles, eles não me convidariam u.u).

É isso...

É difícil sistematizar tão bem essas coisas quanto elas estão bem sistematizadas na minha cabeça, mas eu acho que expliquei bem até o modo como eu vejo as coisas.

R$

10 de jun. de 2011

Sobre a disciplina de Engenharia de SW

Estou fazendo 5 cadeiras esse semestre (em ordem do horários na semana): Otimização Combinatória, Fundamentos de Tolerância a Falhas, Computação Gráfica, Modelos de Linguagens de Programação e Engenharia de Software.

Todas as cadeiras, sem exceção, são, de alguma forma, sobre assuntos interessantes. Otimização Combinatória (OC), por exemplo, é legal porque o professor que ministra a disciplina é muito bom, como também é o caso de Fundamentos de Tolerância a Falhas (FTF) (essa última poderia ser EXTREMAMENTE ruim - já que é tri envolvidona com essas coisas de engenheiro de que eu realmente não gosto -, não fosse a professora ser uma das melhores professoras do instituto). Computação Gráfica (CG) é disparada a melhor: o professor é sem dúvida o melhor professor com quem estou tendo aula e o mesmo posso dizer da matéria da disciplina. Modelos de Linguagem de Programação (MLP) é uma disciplina legal, com um professor extremamente dedicado, apesar de não ser o mais eloquente em sala de aula. Ele tenta, mas, apesar de o todo ser bem legal, a sua aula não é das melhores.

As cadeiras descritas no parágrafo anterior eu posso dizer que são bem cansativinhas, no fim das contas: FTF tem questionário pra fazer (tu demora entre 1h e 2h pra terminar cada questionário), MLP tem tema em quase todas as aulas (alguns são ENORMES; outros são questão de 15min pra terminar), CG tem trabalhos bem bem bem grandes pra entregar a cada duas semanas, e OC, apesar de não ter trabalhos, é bem complicadona (o professor é fodão mas as provas são bem cobradas e o assunto da cadeira é tenso). Mesmo assim, não são ruins: como eu disse, de alguma forma eu me interesso ou pelo assunto, ou pela aula, etc.

Uma cadeira, em compensação, consegue estar sendo disparada a pior cadeira que estou fazendo desde que entrei na computação: Engenharia de Software.

Quando comecei a cadeira, esperava uma coisa: aprenderemos sobre como são os "processos de desenvolvimento de software", dando uma passada sobre cada um, entendendo as filosofias relacionadas a eles e os motivos que levaram à sua criação. Imaginava que veríamos também algumas boas práticas que fossem independentes dos processos.

O Diagrama de Casos de Uso é extremamente amigável. O cliente, ao ver um desses diagramas, não fica com dúvida alguma sobre o que o usuário é capaz de fazer, certo?
Como começamos a cadeira sem falar muito em UML e RUP (ou o tal do "Processo Unificado), achei que a coisa ficaria assim, sem foco na tal bendita UML. Pensei que no máximo aprenderíamos que existem "esse esse e esse" diagrama e que logo passaríamos adiante, continuando com as filosofias. Passado algum tempo, porém, estagnamos num tal de Diagrama de Casos de Uso (que não foi embora até agora T_T) e, a cada aula, tudo o que vemos são mais e mais diagramas e diagramas (e como esses diagramas da UML se relacionam com o único processo de desenvolvimento de software que importa: o Processo Unificado), motivo pelo qual tenho faltado frequentemente às aulas .

Novamente, cri: "aaa... o motivo de as aulas estarem ruins é relativo ao foco que a gente tá dando em coisas desnecessárias, e não tem nenhuma relação com a professora". Nos últimos tempos, porém, tenho é me incomodado justamente com ela.

Que as suas aulas são monótonas todos já sabem, e isso não é um problema "at all" (exemplifico com o professor de MLP, que tem aulas monótonas mas que ensina a matéria muitíssimo bem). Que ela se incomoda com a conversalhada constante da turma também todo mundo já sabe (aliás... a conversalhada é fruto das aulas monótonas, diga-se de passagem), e é por isso que ultimamente tem feito a chamada no início das aulas, liberando aqueles que aparecem só para ganhar presença (ao menos é o que parece).

Seu trabalho final, porém, é a maior de suas loucuras: estamos usando o Processo Unificado (ou seja, gerando infinitos diagramas e "documentos" - não sei se esses documentos são parte do RUP, mas acho que ao menos ela quer que creiamos que sim - escritos com páginas e páginas que eu duvido que ela vá ler) pra, em 5 etapas, desenvolver uma loja virtual fail fake, de acordo com a especificação feita por outro grupo (sim... ee... no caso... um outro grupo está desenvolvendo a loja de acordo com a especificação do meu grupo). A cada etapa, além de enviarmos via moodle o "documento" com todos os diagramas e bobagens mais gerados, ela ainda EXIGE QUE LEVEMOS UMA CÓPIA IMPRESSA. E, pior do que isso, ela é inconsistente em suas especificações: na etapa 2, não pediu que levássemos uma cópia impressa do relatório individual (esse relatório era pra falarmos sobre as dificuldades que tivemos e coisas mais) gerado por cada aluno, mas somente do "documento" gerado pelo grupo inteiro. Na etapa 3, pediu que levássemos TAMBÉM o relatório individual.
Aqui vai outro adorável diagraminha da UML. Só pra dizer que eu pus outra imagem no blog u.u
Pobres das nossas árvores. Como disse um colega, 90% da mata atlântica deve ter sido desmatada por causa dos caras da Engenharia de Software.

Enfim enfim... essa postagem é só uma reclamação da cadeira de Engenharia de Software. Não aguento mais. Tomara que acabe duma vez... e certamente não farei mais cadeira alguma com essa querida professora - a qual não nominei aqui, apesar de obviamente grande parte dos meus leitores a conhecer.

Não precisava ter lido se não quisesse u.u

R$

3 de jun. de 2011

Uma reflexão sobre a cultura surda

Li nos últimos dias o capítulo 4 do livro "As imagens do outro sobre a cultura surda", de uma surda chamada Karin Strobel, que falava (o capítulo) sobre os 8 artefatos culturais do povo surda. Li porque, como acho que os leitores devem saber, tenho feito um curso de LIBRAS na igreja da qual participo.

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Como eu acho que muita gente vai sair dizendo que eu vou para o inferno depois de ler o meu texto, acho melhor afirmar o seguinte antes de continuar:

A palavra "deficiente" aqui não tem o objetivo de soar pejorativa. "Deficiente" é "aquele que tem alguma deficiência", e que isso fique bem claro.
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Como ía dizendo, li o livro porque o livro é usado como parte da matéria sobre cultura surda do curso de LIBRAS que faço (especialmente os capítulos 4 e 5). Já que o texto é escrito por uma surda, é natural que contenha alguns pequenos erros ou "delitos" aceitáveis, que não atrapalharam a leitura como um todo (já que, convenhamos, escrever textos em uma língua que não é a nossa "nativa" é sempre bem mais complicado). Por exemplo, achei bastante esquisito quando, em vez de usar o verbo "haver", muito mais frequente em textos "sérios", encontrava o verbo "ter", como em:

"Tem muitos pesquisadores da história cultural de surdos. Entre eles estão o Antônio Campos de Abreu, formado em História, o Otaviano de Menezes Bastos, o Dioniso Schmitt e a Gisele Rangel. Todos eles possuem um imenso acervo histórico cultural sobre o povo surdo."

Também nesse parágrafo, mas não só nesse parágrafo, achei estranho a autora usar artigo dos nomes das pessoas. Parece que ela os trata como se fosse conhecido de todos os leitores (alguém de quem a gente poderia fazer fofoca, por exemplo u.u).

Mesmo assim, aceitando o seu modo peculiar de escrever, que não é problemático mas simplesmente característico, não posso deixar de expressar a minha tremenda insatisfação e até mesmo uma certa indignação ou revolta com o modo como o texto trata as pessoas (ou sujeitos) surdas e as pessoas ouvintes. Um exemplo: a expressão "repressão ouvintista" é repetida frequentemente, quase como que incutindo a imagem de vilão aos leitores ouvintes (eu) que se acheguem ao texto.

Eu até concordo e aceito que, por ignorância, muitos ouvintes não consigam conversar com os surdos, e inclusive aceito que muitas famílias de ouvintes, ao ter um filho surdo, orientadas por médicos ou não, fazem de tudo para tentar fazer a criança ouvir, tentando tratamentos ou fazendo-os pôr aparelhos auditivos, mas não concordo que isso possa ser considerado "repressão ouvintista". Afinal, não é tão simples, de repente, dizer "aa... ok... ele é surdo... sem problemas...", e aceitar que não haja um jeito de reverter o quadro ou simplesmente não querer fazê-lo. Não é algo que entra facilmente na nossa "cultura". Mas aceitado (eu ía escrever "aceito", mas achei que ficou parecendo que o verbo estava na primeira pessoa do singular, no presente do indicativo) o surdo, é necessário que se deixe algo perfeitamente explícito: o surdo é deficiente SIM!

Achei o máximo os textos que vi em sala de aula dizendo que o surdo não é deficiente, mas que é a sociedade ouvintista que os torna deficiente, e coisas do tipo. Procurei no meio dos slides das aulas uma citação de uma mulher que dizia justamente isso, mas não consegui achar. Vamos e viemos: o surdo é deficiente SIM! Se não é deficiente, então por que é que não paga a passagem dos ônibus? Se não é deficiente, então por que é que pode levar acompanhante nos ônibus pra onde quiser? Se não é deficiente, então por que é que fica exigindo legenda nos filmes? Lamento surdo que não se considera deficiente, mas nem tudo é como a gente pensa.

Novamente, meu objetivo não é oprimir ou humilhar, mas esclarecer a minha opinião. Os surdos precisam, afinal, de uma série de "adaptações" para viver, bem como qualquer deficiente. Aliás... eu também sou deficiente: sou canhoto. Vivo numa sociedade em que a opressão destrista me sufoca, e eu sou necessitado de uma série de adaptações para sobreviver.

Outro caso que me leva a protestar é o seguinte: o livro dá a entender que os surdos são "xenofóbicos" (ou racistas dependendo da interpretação n_n). No texto seguinte, estou certo de que, se as expressões referentes aos "Surdos" ali fossem substituídas por expressões referentes aos "Negros", a autora do livro já estaria atrás das grades há séculos, sem possibilidade de pagamento de fiança:

"Portanto, ser filho de pais surdos é extremamente respeitável no círculo deles, como cita Wrigley (1996, p. 15):

A partir de uma visão dos Surdos, o ato politizado de alegar uma surdez "nativa" - ou seja, uma surdez de nascença - está ligado à identidade positiva de não estar "contaminado" pelo mundo dos que ouvem e suas limitações epistemológicas do som sequencial. A "pureza" do conhecimento dos Surdos, a verdadeira Surdez, que vem da expulsão desta distração é na cultura dos Surdos uma marca de distinção. Seria melhor ainda se os familiares e até mesmo seus pais fossem também Surdos."


Aliás... que limitações mesmo? Lamento senhorita Strobel ou senhor(a) Wrigley, mas na minha visão essas limitações são as mesmas que levaram a raposa a não alcançar as uvas.

Concluindo, é verdade que o povo surdo é uma minoria na nossa sociedade e que, como minoria, não recebe o respeito que deveria receber, sendo esquecida ou ignorada. É verdade também que é interessante que eles lutem por direitos que os ajudem a ter uma maior qualidade de vida. É um absurdo, porém, na minha opinião, dizer que a "sociedade ouvintista" é "opressora" e que ser surdo é algo perfeitamente normal. NÃO É! (Aliás... achei um absurdo descobrir que tem pais surdos que gostariam de ter filhos surdos. O argumento seria de que "ser surdo" seria só uma identidade cultural, e não uma deficiência)

Desculpem-me aqueles que acham que eu vou para o inferno depois de dizer o que eu penso, mas, francamente, o livro praticamente rotula os ouvintes como se fossem vilões O.o ¬¬

Enfim...

R$

29 de mai. de 2011

Relaxando

Eu não sei se eu já disse aqui, mas eu tenho no mínimo um relativamente grande desagrado da movimentação frequente aqui em casa (deu pra ver que eu estou sendo bem eufêmico, certo?).




Como é de se esperar de mim (acho que qualquer um que me conheça deve ter essa impressão), eu tenho os horários de sono bem desregulados. Assim, tem dias em que vou dormir depois das 5h da manhã, e outros em que vou dormir antes das 10h da noite (por justamente ter ficado cansado demais por ter dormido pouco em algum dos dias "do tipo anterior"). Nessas idas e vindas, frequentemente acabo passando do que as pessoas chamam de "horário pra dormir" ou "hora de dormir". Guarde isso, voltarei em breve a esse assunto.

Voltando à recorrente movimentação de gente aqui em casa (minha avó tem um monte de filhos e, como aqui é a casa da vó, sempre tem um deles aqui em casa - um dia um vem, outro dia vem mais dois, outro dia vem outro, outro dia vem um neto dela -- meu primo -- e outro dia vem algum sobrinho dela, que também são muitíssimos), e sobre como ela me desagrada, algo que acontece frequentemente sobre as suas visitas é que elas em geral acontecem (ou se iniciam) na parte da manhã. Assim, acontece muito de eu planejar "bááá... amanhã vou dormir até meio-dia" e no amanhã eu acabar me acordando às 10h porque alguém chegou e começou a falar alto.

Voltando aos meus horários desregulados de sono, meus familiares simplesmente não entendem o que é "fazer trabalho da faculdade até tarde", ou, sinceramente, simplesmente, às vezes, "respeito" (para alguns casos em especial). Por isso, durante os meus períodos acordado enervado tentando dormir mais um pouco, é significativamente comum eu ouvir as expressões "isso não é mais hora pra tá dormindo" ou "já passou da hora de dormir".

Para me livrar da barulheira do pessoal conversando "horrorosamente alto" na cozinha aqui ao lado do quarto, e, assim, dormir melhor, tive de me "adaptar". Assim, ultimamente, quando sei que no dia posterior haverá muitas pessoas para me atrapalhar de dormir, comecei a deixar tocando em loop alguns sons de chuva ou ondas no meu fone de ouvido, ligado ao computador.

Compartilho, então, dois videos (o primeiro está no início do post) que achei relativamente bons para ouvir e que devem se tornar, num dia, quando eu for independente financeiramente, trilha recorrente na minha vida (sério... vai dizer que não ajuda affuuuu a relaxar esse sonzinho de chuva, tri bom pra dormir. E o de onda, então?).



[Cuidem que os dois videos que eu sugeri aí têm até a possibilidade de serem assistidos em HD (eu baixei o menor deles em HD, pra ouvir sempre =D). Outro detalhe é que se o leitor se interessar eu sugiro que dê uma olhada nos links relacionados do video das ondas, porque ali vai encontrar muitos outros videos de mais de uma hora de duração - que na minha opinião são os melhores. AAhhh... mais uma coisa: eu achei que valeu bastante a pena deixar os dois videos (das ondas e da chuva) rodando ao mesmo tempo. Sugiro que no mínimo o leitor experimente pra ver o que acha x_X - é que quando um termina, o outro ainda tá rodando, e a gente acaba não percebendo a hora em que dá o loop u.u]

Era isso... =D

R$

27 de mai. de 2011

Sobre o kdenlive

Depois de ter passado horas envolvido com o video do post anterior, resolvi que preciso ao menos tirar o meu chapéu pra uma série de videos que me ensinaram a usar o kdenlive.

Pra quem não sabe do que estou falando, kdenlive é um software livre (um programa de "código aberto", digamos assim [digamos assim!]) que serve para editar videos. Editei o video do meu último post através dele, e, apesar de ter muitos recursos (o que frequentemente diminui a usabilidade do programa, na minha opinião - só ver o que é o Finale, pra editar música, ou o Adobe Premiere, também para editar videos), achei ele consideravelmente simples.

Mesmo assim, creio que não teria conseguido um décimo do que consegui sem uma série de videos criada pelo canal thisweekinlinux. Acidentalmente achei o cara por procurar "kdenlive tutorial" na busca do Youtube. A série é extremamente inicial e, de quatro videos, cada um de 10 minutos, mais ou menos, e valeu a pena. Por isso, posto aqui o primeiro video (os outros ficam fáceis de encontrar depois):



Enfim... era só a sugestão, pra quem quiser aprender a editar videos usando um programa que pelo que ouvi falar é o melhor dentre os que se encontram por aí, para linux.

Eras isso...

R$

¬(Video)

Passei boas horas do meu dia hoje tentando gravar o tão falado video que eu decidi que gravaria na semana acadêmica.

O kdenlive se mostrou significativamente user-friendly, apesar de todos os seus recursos
Como disse há algum tempo já, eu pretendia gravar as três vozes da música tema do Protoman e então fazer um video em que eu colocaria tudo junto, formando a harmonia completa. Como também já disse, eu já tinha escrito a música do Protoman numa partitura - e inclusive compartilhei no docs com alguns amigos pra que eles pudessem ver =D. A minha idéia, assim, era pôr pra rodar a música utilizando o TuxGuitar e tocar cada voz enquanto ouvindo a reprodução do TuxGuitar. A minha lógica me dizia "eu não vou precisar de metrônomo: o TuxGuitar será o meu metrônomo".

Definitivamente, eu estava errado. Como era de se esperar de um programa de música que roda no Linux (na real, eu não sei se no Windows o resultado teria sido melhor, mas eu estou quase certo de que, se o TuxGuitar não tivesse problema nenhum, o próprio Linux já teria), o TuxGuitar roda a música a cada vez numa velocidade diferente. Dessa forma, se na primeira vez em que eu toquei (a melodia, com a flauta soprano) eu toquei (e gravei) numa velocidade, na segunda eu toquei (e gravei) noutra.

Num primeiro momento, pensei que o problema seria contornável: eu poderia fazer um pequenos cortes no audio nos momentos de respiração e o vídeo não seria problema, já que a gente tá acostumado a suportar um pequeno lapso na sincronia de vez em quando (e, sério, nem dava pra perceber). Mas quando cheguei em um momento em que a segunda voz simplesmente não respira... não tive o que fazer.

Desisti, temporariamente, assim, de gravar essa música. Me parece que gravar videos vai ter de esperar novamente mais um pouco. Além disso, estou meio frustrado pela falta que me faz um microfone bom (se bem que eu descobri que tenho um amigo que tem um bem bom - e estou bem a fim de pedir emprestado como quem não quer nada). De qualquer forma, se eu tiver microfone, é capaz de ainda assim eu ter problemas: quando comprei o meu computador, não me importei com a sua placa de som, e não faço idéia de o que que é que eu iria precisar pra conectar o microfone do meu amigo.

No mais... a minha idéia agora é ver se consigo um metrônomo (o meu teclado tem um, e eu to achando que vou começar a usá-lo - só falta arranjar espaço aqui dentro do quarto pra isso) e se gravo uma versão também em três vozes da música do "Victory Fanfarre with Lyrics" pra postar como video-resposta pra o Brentalfloss.

Por fim... posto aqui o video com "o que deu pra fazer" da música do Protoman. É só pra dizer que eu postei algo lá no meu canal do youtube... e só pra mostrar que tava ficando até que legal (fora os ruídos malditos do microfone terrível que eu tenho). Tá sem baixo, sem 90% da segunda voz, e, enfim, espero que gostem (apesar de na minha opinião estar um lixo inacabado) =D



R$

23 de mai. de 2011

Música de adventista?

Estou feliz.

Nos últimos tempos o mano andou ouvindo bastante uma rádio adventista: a rádio Novo Tempo (acho que é a frequência 99.9). Ele andou elogiando os Arautos do Rei, conhecidíssimo grupo adventista brasileiro, e meio que me instigou a querer ouvir.

Só uma das várias formações do grupo que, no momento, representa o estilo de música que tenho ouvido.
O grupo é conhecido por não ser fixo. Tem discos gravados desde 1962 (tá certo isso?) e de lá pra cá já passou por várias mudanças de formação. Mesmo assim, o estilo de música permanece o mesmo.

Hoje, na falta de algo para ouvir (queria ouvir algo porque o mano e a Priscilla estavam vendo, num volume inaceitável, de porta aberta, no quarto da mãe, um filme na TV), resolvi baixar um CD que achei no Jardim Gospel (um site que um colega da faculdade me sugeriu como grande fonte de músicas, de onde ele me deu a impressão de baixar frequentemente alguma coisa ou outra), deles, chamado "A Capella".

ADOREI o CD... e resolvi baixar mais coisas deles. Como eu disse, eles não são novidade para mim. Mas até agora eu nunca tinha me dado ao trabalho de baixar qualquer CD deles para ouvir. Hoje, tive a iniciativa, não causadora de arrependimento algum (até agora nenhuma música de que eu tenha realmente não gostado).


Gosto muito das suas harmonias, cheias de notas inesperadas, e de suas letras, ainda não contaminadas com a horripilante teologia da prosperidade.

Enfim... estou feliz... ouvindo música de adventista. É definitivamente o MEU estilo de música. Nenhum outro tipo de música me deixa mais "psicodelizado" do que esse. E fazia um tempo que eu não ouvia coisas desse tipo D=

Eras isso...

R$

22 de mai. de 2011

Pseudo-férias

Estou tirando umas pseudo-férias da minha vida.

Esse está sendo, disparado, um dos semestres em que mais tenho feito coisas divertidas e interessantes, desde que entrei pra faculdade. Infelizmente, elas não incluem jogar video-game. Mesmo assim, opções nerds não têm faltado. Semana passada fui ao AnimeXtreme e estava bem divertido (na real, estava igualito ao anterior, com a diferença de que dessa vez o povo não jogou Ultimate Mortal Kombat 3 D=

De qualquer forma, ando cansado, e com bastantes coisas pra fazer. Estou chegando ao término do semestre (só tem mais ou menos mais um mês de aula \o/) e estou vendo que as coisas estão apertando. Por isso, resolvi aproveitar a semana acadêmica e tirar férias.
Minha flauta, em teoria, é igual a essa
Terei de ir ao maravilhoso Vale Encantado onde fica o Instituto de Informática somente uma vez durante toda a SEMAC (Semana Acadêmica, um momento onde ocorrem várias palestras e maratonas de programação, e minicursos e tudo mais). Até esse dia, tenho de ter reestudado mais um pouco de CUDA (eu já dei uma boa lidinha, mas não estou nem perto de saber "alguma coisa". Tenho o trabalho de CG (pra amanhã, segunda-feira, dia 23/05) e tenho o trabalho de Engenharia de Software pra o dia 25. Depois disso........... não devo fazer mais nada u.u

Estou feliz com isso. Criei uma conta no Youtube já há alguns dias com o nome de Satyrslair e pretendo pôr o primeiro video no ar ainda essa semana. Já tenho a partitura feita e "apreciada" por meus colegas (só um me deu retorno até agora do que achou u.u) e também já tenho a minha maravilhosa flauta doce contralto, por que esperei durante a semana inteira (eu tinha comprado pela internet).

Enfim, enfim... esse é só mais um update pra esse blog que, coitadinho, andou meio esquecido nos últimos tempos. Logo eu faço mais alguma coisa pra badalar ele um pouco mais... u.u

R$

7 de mai. de 2011

Inglês

No meio do ano passado, descobri o youtube de verdade. Comecei a assistir freneticamente a alguns canais, e passei a usar a minha conta do youtube mais ativamente (eu só tinha uma conta porque era vinculada à minha conta do google e porque eu precisava pra assistir a alguns vídeos às vezes, quando mandavam links que o youtube considerava haver a possibilidade de serem impróprios para menores de 18 anos), inclusive me inscrevendo em canais e mantendo uma noção relativamente boa de de quanto em quanto tempo cada canal a que eu estava inscrito era atualizado, postando novos vídeos e tudo mais. Na época, ter começado a usar o youtube com frequência com extremamente conveniente, já que isso melhorou drasticamente o meu inglês de então.

Lembro que, como eu me dei ao trabalho de assistir a literalmente todos os vídeos do Ray William Johnson (na época ele era tipo o 5º canal com mais inscritos no youtube - e essa era uma informação fácil de conseguir), eu acabei conhecendo o canal da Meekakitty, que pelo visto é bastante amiga do Ray (tem vários videos em que um aparece no video do outro e tudo mais). Na época, eu lembro que até tentei assistir aos videos dela, mas sofri AFFUUUU porque não conseguia entender muita coisa do que ela dizia (sim, porque apesar de o meu inglês ser aceitável, na minha opinião - estou certo de que de modo algum haveria problema de comunicação se eu tentasse me comunicar em inglês com alguém -, eu tenho ainda sérios problemas com o jeito de falar de alguns - até porque o Ray eu sempre consegui entender bem desde o início). Quero dizer: eu até entendia, mas às vezes perdia coisas que pareciam essenciais pra saber do que que é que ela estava falando no momento.

Com as minhas frequentes leituras e, acho que principalmente, comigo cada vez mais frequentemente assistindo a vídeos e até - nos últimos tempos - a filmes, tenho melhorado cada vez mais essa minha "faculdade".

Hoje, estava eu olhando um video do Jimmy no seu canal e percebi que ele era amigo da Meekakitty também. Por qualquer motivo, fui ver o que que é que tinha de novidade no canal dela. Fiquei feliz em perceber que dessa vez eu estava entendendo o que ela estava dizendo \o/ \o/

Eu sei que esse post não tem nada de especial e tudo mais, mas só queria compartilhar a minha satisfação em perceber que eu melhorei em algo e nem me esforcei pra isso =D

Sobre youtube... eu tinha planejado começar a fazer vídeos no youtube, mas por falta de tempo e por falta de equips eu achei melhor largar de mão essa idéia (sério... agora que fui me ligar que idéia perdeu o acento. Que horror!!!) ao menos até eu conseguir um pouco mais de tempo e um emprego que me dê um pouco de dinheiro - de tal sorte que eu consiga comprar uma câmera e um microfone relativamente bom. [/Manoel]

Era isso...

R$

5 de mai. de 2011

World Peace Game

Mandaram um e-mail pra "patota" - um grupo de e-mails do qual eu participo com meus amigos da escola - falando sobre uma palestra que apareceu no TED de um cara em poucas palavras comentando sobre a "grande história do universo".

Eu gostei da palestra, e achei interessante, apesar dos problemas religiosos que tenho com ela - achei tri irônico o nome do cara ainda ser "David Christian" =D. Eu prefiro, sinceramente, que, se o leitor quiser assistir à palestra, assista no site do TED, nesse link (é que lá dá pra pôr legenda, como eu queria =D). Mesmo assim, embedo ela aqui:



Bom... como quem mandou o e-mail da palestra mandou um vídeo do youtube, e eu queria ver com legenda (o cara tem um sotaque inglês e eu demorei um monte pra entender uma hora em que ele falou "global" - fora quando ele mencionava uns nomes de gente que eu não conhecia), eu me dei ao trabalho de ir ao site do TED para assistir lá. Tendo entrado no site do TED, encontrei, já na capa, um vídeo do qual a palavra "game" fazia parte do nome. Como procurar coisas interessantes lá é meio que a base de pattern matching, eu resolvi clicar no link. Assisti ao vídeo, e, realmente, não me arrependi (apesar de o jogo lá não passar de um jogo de tabuleiro bem mais desenvolvido).

Aliás... não me arrepender é pouco: eu gostei MUITO. E não quis ficar sem compartilhar isso com alguém. Como esse é, na minha opinião, o melhor canal de comunicação que tenho com um público "aleatorizado", posto aqui o vídeo:



Como disse, prefiro assistir ao vídeo no próprio site. Não sei se o próprio vídeo embedado já tem alguma forma de levar pra lá, então deixo o link pro site aqui.

Era isso =D

R$

29 de abr. de 2011

Musiquinhas

Cheguei em casa hoje e o mano me mostrou o seguinte video, dos mesmos caras que fizeram o "Eu sou 1337":



De cara, quando ouvi os primeiros 3 segundos, lembrei da música da primeira fase (Corneria) do Star Fox pra SNES. Pelo visto, foi só por acaso, mas o mano disse que também se lembrou.

Fui, daí, ouvir a música, mas como um amigo meu chamado André tinha me dito eles tinham refeito a música no Star Fox 64, eu fui procurar essa versão. Não achei: tendo encontrado esse canal (que aparentemente tem a trilha inteira), não achei nenhuma música que sequer chegasse perto da música de Corneria. Então, posto aí a versão de SNES presente no canal do OSTation (um dos melhores canais de trilha sonora que eu conheço):



Dando uma olhada nas coisas que tinha "na volta" (i.e., nos videos relacionados), encontrei umas coisas bem legais.

No início vi um monte de videos de gente tocando a música do Fox em versão de piano, mas a única que, no fim, prestou, foi uma que nem mostrava o cara tocando (e, assim, é de procedência duvidável):



Daqui, achei uma que realmente valeu a pena ver:



Aí, encontrei dois videos feitos mostrando o uso de um programa chamado Synthesia. Parece que ele pega usa midi para "gravar" aquilo que o músico instrumentista tiver tocado e depois é capaz de mostrar o midi de forma bastante intuitiva pra o usuário leigo (que não entende nada de música). Um dos videos mostra a Stickerbrush Symphony (também conhecida como Brambles), do Donkey Kong Country 2; o outro - que eu achei ÓTIMO (apesar de eu não gostar de Naruto, eu gosto da trilha e aprendi a gostar especialmente dessa música por influência de meus parentes u.u) -, mostra a Sadness and Sorrow, da trilha sonora do Naruto. É disparada uma das melhores versões dessa música que eu já ouvi até agora.

AAA... encontrei uma música, Requiem for a Dream (é aquela música que usam direto em videos de teoria da conspiração, sabem?) que achei bem boa - mas tem que olhar até o fim, porque a parte loucona está lá.







Por fim, encontrei o grande motivo de eu ter resolvido fazer esse post: um video com a música da Forest Maze, do Super Mario RPG. O nome é Beware the Forest Mushrooms (eu quase fui procurar o nome aqui no meu computador, mas vi que na descrição o cara dizia =D). Achei ÓTIMO! E, melhor ainda, o cara usou o Finale (é o mesmo programa que eu uso)!

Tá aí o video, então:



Enfim... como fazia tempo e eu não aparecia por aqui, achei que seria interessante deixar uma postagem como foram aquelas das minhas férias, cheias de videos interessantes - ao menos pra mim - pra o povo ver =D

R$

21 de abr. de 2011

Coding Dojo

Participei, hoje, pela primeira vez, de um coding dojo.

O contador de tempo que a gente tinha lá até que pode-se dizer que era bem parecidinho com esse daí u.u

Para o leitor que talvez não saiba, explicarei como funciona, através de minhas palavras (o que pode confundir ou pode clarear a mente do leitor, randomicamente).

Coding dojo é uma atividade em que se reúne um certo grupo de indivíduos programadores para resolver um problema, seguindo algumas estipuladas regras. A idéia é que os programadores que não conhecem a linguagem de programação usada na reunião (essa linguagem é decidida pelo grupo) tenham contato com ela e aprendam os seus basics - pra mim foi tri bom, porque eu nunca tinha mexido com Python.

Estipula-se um tempo (no nosso caso, foi 5min) durante o qual cada programador poderá permanecer programando. Além disso, sempre haverá alguém "ao lado" do programador do momento, para ajudá-lo. A ordem em que se escolhe o programador do momento é dada através (foi assim no nosso caso, ao menos) de uma fila:

Seja PM o programador do momento, AJ o ajudante do momento, e P = (p1,...,pn) a fila dos programadores da platéia, n sendo o número total de programadores menos 2, o processo de troca de programadores se dá, ao término do tempo estipulado, de forma que

PM <-- AJ   ,    AJ <-- p1   ,   pn <-- PM   ,   pk <-- pk+1   ,   1 < k < n

Eu não entendi se isso é natural de todos os coding dojos ou se é só aqui que ocorre sempre assim, mas a gente usa uma técnica de programação chamada TDD: Test Driven Development. A idéia é que, se o nosso algoritmo resolve o problema que estamos tentando resolver, ele deve passar em alguns testes (podem ser testes bem óbvios, como "a entrada está certa", ou "para dada saída, o algoritmo deveria responder tal resposta"). Assim, formulando testes, vamos literalmente "construindo" um algoritmo que faz aquilo que queremos, com a vantagem de que os casos de possíveis erros são testados já na hora de criar o algoritmo. Além disso, ao solucionar-se um teste, a platéia pode comentar sobre o que poderia ter sido feito para melhorar o código, ou coisas do tipo, refletindo, enfim, sobre o código apresentado na tela (eu não explicitei isso, mas a idéia é que a platéia esteja, como tal, realmente vendo o que está acontecendo no computador onde o programa está sendo desenvolvido, através, por exemplo, de um projetos).

Enfim... eu participei de um coding dojo, e achei bem legal (e aprendi um pouquinho de Python =D). Fiquei feliz, principalmente porque o problema que a gente tava resolvendo era muito tri (fizemos altas referências à teoria das categorias)  e porque nas próximas vezes espera-se que tenhamos mais do que os pouquíssimos cinco que fomos hoje, na estréia da série 2011 dos coding dojo INF/UFRGS.

Por fim, deixo o link do site do Coding Dojo INF/UFRGS:
http://www.inf.ufrgs.br/pet/index.php?option=com_content&view=article&id=7&Itemid=21 

Lá o leitor encontrará o código de todas as reuniões dos dojos de 2010 e - espero eu -, de 2011 (quando tivermos mais dojos =D). Além disso, vale avisar (caso o leitor seja meu colega) que a participação nos dojos poderá valer créditos complementares num futuro creio que relativamente distante u.u

Eras isso...

R$